Em 1998 concluí a primeira parte do projeto de humanização
da Clinica Infantil do Hospital Novo – Atibaia.
Seis anos depois fui convidado pela Dra. Vera Campioni, uma das
proprietárias do Hospital Albert Sabin, a desenvolver trabalho semelhante para
ala infantil daquele hospital, que seria inaugurada em breve. Os dois trabalhos
tinham objetivos semelhantes: Criar um ambiente de acolhimento às crianças que
precisavam passar longo tempo de espera num ambiente hospitalar, até serem
atendidas. Em geral elas já chegam incomodadas em razão da doença. Ao
encontrarem um ambiente lúdico, instigante e alegre acabam se entretendo e esquecem
que estão em um hospital, diminuindo bastante o estresse da espera. O ambiente
facilita também a vida do próprio corpo clinico, dos atendentes, enfermeiras e
demais profissionais, que podem se dedicar a outros afazeres. Neste hospital o
espaço reservado ao projeto ficava separado da sala de espera geral. Ou seja,
era um ambiente só para as crianças. Uma parede com vidro, na parte superior,
dividia as duas salas. Essa informação foi fundamental para criar os objetos, reforçando
a necessidade da segurança, uma vez que as crianças iriam brincar fora da visão
dos pais.
A proposta temática foi o próprio nome do hospital: Albert
Sabin. A intenção foi “infantilizar” a imagem do grande pesquisador e médico
polonês, conhecido por ter desenvolvido a vacina contra a poliomielite (a
famosa “gotinha”). Pra isso criei o personagem “Saibinho” onde todos os objetos
que compunham o ambiente estava relacionado ao universo da pesquisa como:
vírus, bactérias, instrumentos de laboratório, etc. Na palheta de cor predomina
o tom pastel, mais apropriado ao ambiente. Os materiais utilizados em sua
confecção levaram em conta a durabilidade e a facilidade de higienização.